Reajustes
Simp não aceita proposta inicial da prefeitura
Em assembleia, categoria optou por abrir negociações para chegar a um acordo de reajustes
Jô Folha -
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (22) no auditório do Colégio Municipal Pelotense, o Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp) optou por não aceitar a proposta de reajuste salarial, do vale-alimentação e outras questões apresentadas pela prefeitura. A categoria preferiu a negociação. A partir de agora, irá formar uma comissão para buscar um entendimento com o Executivo.
Com praticamente todos os assentos do auditório preenchidos, o Simp começou lendo a resposta da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), entregue em mãos à diretoria do sindicato na última sexta-feira. Costumeiramente, o sindicato envia ao Executivo as requisições e recebe um documento com as contrapropostas. Desta vez, a prefeita preferiu apresentar as propostas pessoalmente à direção. Conforme o sindicato, na oportunidade não houve qualquer negociação, deixando a decisão para análise da categoria, em assembleia.
Entre outros fatores, o Simp solicitou um reajuste salarial de 11,24%, enquanto a prefeitura ofereceu 1,7% do reajuste da inflação e mais 0,5% de ganho real. Além disso, foi requisitado R$ 50,00 a mais de vale-alimentação, passando para R$ 270,00. A proposta do Executivo foi de R$ 245,00. Além da discrepância nos valores apresentados, o sindicato questionou a prefeita por não ter respondido a alguns itens na pauta inicial. O novo documento teria sido enviado, segundo a direção, apenas às 13h35min, minutos antes do início da assembleia.
Em sua fala, a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, disse que clama por dignidade e respeito vindos do Poder Público, classificando a resposta, em geral, como muito aquém do exigido. Em conversa com o Diário Popular, ela comemorou o grande número de municipários presentes. Como a imensa maioria dos membros votou a favor da manutenção das negociações - apenas um voto contra e duas abstenções -, ela disse que o diálogo vai ser mantido. A partir de agora, um documento será enviado à prefeitura e em breve uma reunião será agendada, para, então, ouvir a nova proposta e marcar nova assembleia. Um grupo de servidores foi indicado pelo sindicato para fazer parte da comissão de negociação, também aprovado pela maioria.
PPPs, Código de Convivência e Plano de Carreira em debate
Na votação, os municipários também discutiram questões envolvendo a votação das Parcerias Público-Privadas (PPPs), apresentada em março e adiada no mínimo até o dia 14 de junho, a votação do Código de Convivência e também possíveis mudanças no Plano de Carreira do magistério. Por unanimidade, foi aprovado que quando houver discussões quanto a estes temas na Câmara de Vereadores, o sindicato poderá convocar paralisações dos servidores. Para a presidente do Simp, estas três propostas são nocivas aos servidores e à população, e o intuito é combatê-las.
Asufpel irá parar
A coordenadora do Sindicato dos Servidores Federais em Educação de Pelotas e Capão do Leão (Asufpel), Maria Tereza Fujii, confirmou uma paralisação inicial para esta quarta-feira. A ideia é construir uma mobilização da categoria contra o considerado desmanche das universidades públicas. Ela destacou a importância de manter a educação pública, de qualidade e gratuita, além do aumento de investimentos e manutenção do número de cursos e matrículas.
A Asufpel também deverá parar no dia 7, junto com uma mobilização nacional. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (Adufpel) também poderá parar. Nos próximos dias, uma assembleia deverá votar a participação ou não. Para a quarta-feira, a assessoria da Adufpel confirmou que haverá uma mobilização, mas sem paralisação.
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